Hoje tropecei nesta citação, no Pinterest, e fiquei a pensar.
Por várias vezes, quando viajamos, eu e o F notamos que há uma atitude diferente nas pessoas que nos rodeiam. Nos outros que também estão a viajar. E em nós mesmos. Já debatemos isso, e chegámos a algumas conclusões.
Entre viajantes há no ar uma partilha, uma boa disposição geral. As pessoas sorriem mais, conversam mais umas com as outras, estamos ali à descoberta e felizes. Sem máscaras. Livres das correntes e obrigações do dia a dia, do stress do trabalho… Não importa tanto a questão do “o que é que fazes da vida”, mas sim “o que te traz aqui e para onde vais a seguir”.
Há boas vibrações no ar! Esperança. Aquilo a que eu chamo o sorriso do viajante.
Aquela frase fez-me pensar em como no fundo nos submetemos (quase) todos a uma vida, por vezes, cheia de frustrações… sempre a trocar tempo por dinheiro. A vida é tão curta e única, e grande parte das pessoas passa-a à espera das férias ou do fim-de-semana… em stress constante… Nunca realmente satisfeitos. Vejo isso à minha volta, no dia a dia.
Assusta-me, quando penso nisto, o quanto estamos formatados para fazer sempre o mesmo percurso. Sinto que foi esperado de mim que fosse para a escola, que depois da escola fosse para a Universidade, depois da Universidade para o emprego… E agora que case e tenha filhos (clássico). E que depois que remeta os meus filhos para o mesmo processo! Quando olho para trás, quem me dera não ter ido logo para a Universidade. Se eu soubesse o que sei hoje, muita coisa teria sido diferente. Tantos anos que passei na escola, a ser boa aluna, e não aprendi nada sobre a vida – por exemplo. 🙂
Trabalhar é bom, ocupa o cérebro e dá-nos desafios interessantes. Desenvolve competências. Mas se isso não for bem equilibrado com o resto então estamos a fazer algo mal, na minha opinião.
É por isto que sempre que posso gosto de escapar, para o mundo das viagens, para os sorrisos mais sinceros e longe das preocupações e da prisão do que “é esperado”. Planeio os meus objectivos de acordo com isso.
Ver que há tanto mundo lá fora ajuda a meter o nosso em perspectiva. A definir melhor o que queremos dele, e o que queremos de nós… Mudar de país foi o primeiro passo para me conhecer melhor, e iniciei um caminho precioso.
Viver no estrangeiro e viajar tem-me feito crescer e aprender, mais do que qualquer aula alguma vez fez. Recomenda-se! E se algum dia tiver filhos, vou passar a mensagem. 😛 Há que conhecer o mundo primeiro, antes de decidir assentar num lugar só porque alguém nos disse que é assim que se faz.
Nem todos têm de seguir o mesmo caminho, nem todos terão as mesmas sortes e os mesmos azares. E nunca é tarde demais para descobrir aquilo que nos faz realmente felizes.
Revejo-me nas tuas palavras.
Uma promessa que fiz a mim mesma é a de viajar, viajar, viajar… cá dentro, lá fora, não importa…sinto que venho mais “rica” em cada oportunidade que tenho de conhecer um sitio novo.
Abreijo
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Tão bem dito 🙂
A vida é curta para estar sempre no mesmo sítio, com a mesma vista!
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