Pronto, já está.
Acabei agora mesmo de meter o Gustavo na cama pela última vez, durante a minha licença de maternidade. Sim, estou de lágrima no canto do olho… E o biiicho parece que percebe; nesta última semana andou a dar-me luta por tudo e por nada e hoje mal comecei a canção de embalar enroscou-se em mim e fechou os olhos. Juro. Deixou-me ali, uma Mãe vulnerável no escuro, naquele terrível sufoco de saber que o tempo não volta atrás… Etc etc, lágrima, etc.
… Adiante… !!!
Vim cá hoje para responder à pergunta que mais me têm feito e explicar como é a licença na Noruega. Ou, melhor dizendo, como funcionam as coisas para uma família como a nossa: Mãe + Pai = 1 bebé.
O tempo total de subsídio parental são 49 semanas OU 59 semanas, dependendo se queremos ganhar a 100% ou 80%. Escolhemos as 59, sendo que dessas 3+19 foram para mim (é obrigatório entrar de licença um mês antes da data prevista para o nascimento do bebé) e outras 19 são do F. Sobram assim 18 semanas para dividirmos como quisermos, as quais ficaram naturalmente para mim porque… bem… quem o pariu fui eu, claro!!! Esta divisão tem tido várias alterações e dado polémica ao longo dos anos, e disso já falei neste artigo.
Ou seja, e falando como uma pessoa normal, eu fiquei até agora com o bebé e ele tem 8 meses e meio, e a partir de amanhã fica o F em casa até ele fazer 1 ano.
E apoios? E depois?
Desde o nascimento do Sr. D. Cotão que começou a caír automaticamente na minha conta bancária o abono de família, que ronda os 100€ por filho, independentemente da situação financeira das famílias.
Quanto a prolongar a licença: os nossos empregadores têm obrigatoriedade de nos facilitar a vida o mais que puderem a partir do momento em que temos filhos. Se quisermos mais tempo de licença – sem vencimento, claro – temos. Se quisermos conjugar o período de subsídio parental com trabalho a part-time, para ficar mais tempo em casa e ganhar melhor, ídem. Isto tudo em teoria, se depois tiver de o experimentar logo vos direi como correu, mas confio que corra bem porque aqui essas coisas são por norma respeitadas.
Em relação a conciliar amamentação e emprego – e aqui aproveito para dizer que isto é o meu maior medo – diz a lei que a mãe tem direito a uma hora livre paga por dia de trabalho, até a criança ter um ano de idade. E em teoria quantas mais horas livres quiser, sem vencimento, enquanto amamentar. Podemos ter que o justificar, mas até agora não me pediram nada – confiam.
Há mais coisas mas que para já não vejo necessidade de abordar, para não alongar o artigo. Já sabem que se houver questões podem colocar aqui em baixo.
Por agora boa noite, que amanhã é outro dia, e eu estarei de regresso à vida real!
PS: aiiiii que eles crescem rápido!
Ele fica com o pai, não fica numa ama ou numa creche, portanto ficará muito bem.
Tal como a mamã ficará bem e até irá apreciar uma certa liberdade!
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Confesso que o sentimento mais forte é mesmo felicidade pelo facto de eles terem esta oportunidade. Ambos merecem, sinceramente. Beijinhos
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Primeiro: Que maravilha de fotos!
Segundo… pois, realmente na Noruega tens mais sorte que eu aqui em Espanha. 59 semanas!!! Assim é que devia ser. Aqui são 16 para a mãe e 8 para o pai, a 100%.
O H. também ficará com o Tom, dois meses quando eu voltar a trabalhar. Parece-me super importante!
O “abono” aqui chama-se ajuda à mãe trabalhadora e também são 100€. Mas ao pedir licença sem vencimento deixo de receber até voltar a trabalhar. Pode-se pedir redução de horário… as horas de amamentação… de resto parece-me bastante parecido com a Noruega. Excluindo as 59 semanas!!!! Que bom!!! E que sorte, poderes acompanhar o teu baby tanto tempo, sem teres q te preocupar com logísticas financeiras.
Enfim… ainda há um longo caminho a percorrer para as políticas sociais serem justas e equilibradas.
Boa sorte no regresso à vida laboral!
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