
Falemos dos meus nabos… Ou melhor, dos meus naboer. E agora em português: os meus vizinhos! Porque a palavra norueguesa para vizinho é nabo (e o -er é plural, em vez do nosso -s).
Mudarmo-nos do centro de Oslo para os subúrbios teve um impacto considerável nas nossas vidas. Eu sabia que estava farta do caos do centro, mas como tudo isto é novo para mim não poderia adivinhar o quanto iria agradecer a mudança… Particularmente porque agora tenho um filho.
Dentro dos limites impostos pelos tempos que correm, mas também graças ao tempo livre que eles nos trouxeram, temos explorado a vizinhança e conhecido os vizinhos. Lembram-se de vos falar d’O lado quente da Noruega? Redescobri-o aqui. É certo que com um meio termo entre o aconchego de Røros e a dimensão da cidade, o que tem o seu impacto nas pessoas, mas ainda assim voltei a estar num meio em que é aceitável e até esperado cumprimentar os outros na rua. Há sorrisos, simpatias e conversas. E sabemos quem vive nos outros apartamentos no nosso prédio!
Claro que não fomos os únicos jovens pais a ver o potencial desta zona e estabelecer-se aqui. Temos cruzado caminho com vários numa quinta a 5 minutos daqui, onde há diversos animais e dezenas de cavalos (os favoritos do C.) que deliciam as crianças. Temos todos sido cuidadosos com as distâncias de segurança e muitas vezes há fila de carrinhos de bebé para passear pela quinta e arredores… Cada família espera pela sua vez, e apesar de isto na práctica ser triste é bom saber que temos vizinhos conscientes.
Também nos parques infantis foram impostas novas regras. Aí tem sido difícil impedir as crianças de brincarem juntas, no nosso caso impossível de explicar a um bebé de um ano porque é que não pode ir ter com outras pessoas… O C. é super enérgico e sociável, mesmo quando vai no carrinho faz questão de acenar e dizer “olá” (a sua palavra favorita) a toda a gente. Por causa disso somos obrigados a evitar os parques, infelizmente. E, para quem não sabe, os noruegueses levam os parques infantis muito a sério e investem bem neles – são o máximo! Difícil de resistir, mesmo para um adulto.
Mas o grande bónus de viver onde vivemos tem sido a proximidade da Natureza, fulcral para os passeios higiénicos. É fácil dar uma volta para desanuviar quando a distância (q.b.) da civilização está aqui ao lado. E ainda bem! Acho que se estivesse presa no centro da cidade já teria ficado maluca. E, havendo limitações em brincadeiras e socializações, o C. sempre vai aproveitando para admirar os “ta-ta” (pássaros) e apanhar pinhas.
Por isso… De todos os timings possíveis… Este não foi o pior, para nós! Estamos bem e estamos juntos, na nossa casa e com uns bons “nabos” aqui à volta. 🙂 Quer-me parecer que, se o mundo não tivesse parado, não teríamos uma oportunidade destas para conhecer assim o que nos rodeia…
E vocês, como estão?
Tão bom saber que estão bem! Aqui também se diz assim vizinhos, ahah existem muitas palavras engraçadas 🙂
Que continuem bem! Um beijinho da Dinamarca ❤
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As línguas são muito parecidas, especialmente por escrito. 😊
Beijinhos!
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O termo tem a sua piada :b É bom ter uma boa vizinhança.
Adorava visitar a Noruega um dia!
Um beijinho*
http://by-pattyy.blogspot.com/
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Que fixe! Tenho pensado muito nisso… se viver no centro de Barcelona ainda faz sentido. Estamos “presos” em casa e não há nenhuma possibilidade de sair para perto da natureza. Estou a começar a repensar as minhas escolhas!
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